26 de novembro de 2012

Tartaruga marinha é resgatada viva em São Francisco do Sul


Na manhã de sexta-feira (23 de novembro) o Projeto Toninhas recebeu o telefonema de um salva-vidas, avisando que havia uma tartaruga marinha viva na Praia Grande, em São Francisco do Sul. A equipe do Projeto foi até o local e verificou que se tratava de uma tartaruga-verde (Chelonia mydas). Era um animal pequeno (com 35 cm) e estava com o casco coberto por algas, o corpo coberto por cracas e muito magra. O animal foi levado pela equipe do Projeto TAMAR para a base de Florianópolis. As características indicavam, segundo os técnicos do TAMAR, que o animal havia ingerido lixo. A tartaruga foi batizada carinhosamente de Guga pela equipe do Projeto Toninhas. O Projeto Toninhas manterá contato com o Projeto TAMAR para ter notícias sobre a saúde de Guga.

23 de novembro de 2012

Cachalote-anão encalha em Itapoá



No último domingo, 18 de novembro, um golfinho da espécie Kogia breviceps, conhecido como cachalote-anão, encalhou vivo na praia de Itapema do Norte, em Itapoá. A equipe do Projeto Toninhas foi comunicada por um estudante de biologia que mora na cidade. A equipe entrou em contato com os bombeiros e a Polícia Militar da cidade, que após várias tentativas conseguiram devolver o animal para água. Porém, o animal voltou a encalhar e não sobreviveu.
Na segunda de manhã, dia 19, a equipe do projeto foi até Itapoá para resgatar a carcaça do animal. A prefeitura já havia enterrado, pois a praia estava cheia de turistas e o mau cheiro estava incomodando. Porém, um operador de máquinas da prefeitura desenterrou a carcaça e ajudou a equipe na remoção no animal.

A carcaça foi levada até a UNIVILLE em São Francisco do Sul. Na terça foi feita a necropsia do animal, que media 2,90 metros. As amostras de músculo, gordura e os órgãos do animal foram identificados e armazenados em uma câmara fria para posterior análise. O esqueleto será limpo e armazenado na Coleção Mammalia da UNIVILLE.

Está é uma espécie que pode medir até 3,8 metros de comprimento, habitando águas quentes e profundas. O encalhe desta espécie não é comum, já que vivem longe da costa. Porém, este é o terceiro registro de cachalote-anão na região em 2 anos. Em todos os casos, os animais chegaram vivos na praia, mas não sobreviveram.
O Projeto Toninhas conta com a colaboração de moradores e entidades públicas dos municípios do litoral norte de Santa Catarina para a comunicação sobre animais marinhos encalhados. Ao encontrar um golfinho, lobo ou tartaruga-marinha na praia ligue para 47-34422577, 91072910 ou entre em contato pelo nosso email projetotoninhas@yahoo.com.br
Para mais informações sobre o Projeto Toninhas visite: www.projetotoninhas.org.br
Contamos com a colaboração de todos!

5 de novembro de 2012

Primavera florida de golfinhos

Filhote de boto-cinza (Sotalia guianensis)

Na Baía da Babitonga a primavera é a estação do ano em que é registrado o maior número de filhotes recém-nascidos, tanto de toninhas (Pontoporia blainvillei) quanto de botos-cinza (Sotalia guianensis). Eles podem se reproduzir ao longo de todo ano, porém nesta estação há um pico na reprodução.

Filhote recém-nascido de toninha (Pontoporia blainvillei)



Filhote recém-nascido de boto-cinza acompanhado da mãe


A gestação destes animais é lenta, levando entre 10 e 11 meses. Os filhotes são totalmente dependentes da mãe até os oito meses de idade e alimentam-se exclusivamente do leite materno até cerca de 4 meses de idade. A partir de então aprendem a capturar suas presas e, depois dos 8 meses, se tornam independentes. Em geral, os golfinhos geram um filhote a cada dois anos.
Indivíduo jovem de toninha acompanhado da mãe

Na última semana a toninha Babi, capturada e marcada com um transmissor satelital no ano passado, foi avistada pela equipe do Projeto Toninhas com um pequeno filhote. A pequena marca deixada pelo transmissor na nadadeira dorsal permitiu sua identificação.
Na mesma semana foram avistados três filhotes recém-nascidos de boto-cinza acompanhados de suas mães. Eles possuíam pregas fetais, que são marcas verticais ao longo do corpo: são como as “rugas” dos recém-nascidos. Estas marcas indicam que o nascimento ocorreu há poucos dias.
Filhote recém nascido de boto-cinza, com as pregas fetais, acompanhado da mãe

As mães destes quatro filhotes possuíam marcas na nadadeira dorsal, o que permitirá à equipe do projeto identifica-los e monitora-los ao longo do tempo. Desta forma, será possível acompanhar o desenvolvimento destes filhotes. O registro de filhotes recém-nascidos é uma das únicas formas de identificar o sexo de golfinhos adultos, nos dando a certeza de que aquele indivíduo é uma fêmea.
Filhote de boto-cinza acompanhado da mãe

A equipe realiza saídas semanais para monitoramento e acompanhamento de toninhas e botos-cinza na Baía da Babitonga.